CENTENÁRIO DE CARMEN BROCHADO COSTA

A Academia de Letras do Noroeste de Minas realizou sessão solene para homenagear o Centenário da ilustre sócia CARMEN BROCHADO COSTA, filha de Joaquim de Moraes Brochado,  Patrono da Cadeira Nº 38, e de Maria Ulhoa Botelho Brochado. A cerimônia foi realizada na Casa de Cultura, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020. Estiveram presentes os acadêmicos Helen Pimentel, Florival Ferreira, Maria do Socorro (Help), Maria Tesesa, Benedita Soares, Terezinha Guimarães, Dom Leonardo e Márcio Santos.

A homenagem da Academia de Letras só foi possível pelo apoio indispensável e providencial da Casa de Cultura de Paracatu, da Câmara Municipal de Vereadores e da família da homenageada. Assim também ficam registrados os agradecimentos aos que trabalharam no planejamento e organização do evento: Dalinha, Murilo Caldas, Help, Ruth Brochado, Edina Suely e Florival; ao Colégio Dom Elizeu, ao Coral Stela Maris e ao casal Jair e Sílvia.

A acadêmica Carmen ocupa a Cadeira Nº 16, patroneada por Beatriz Adjuto Botelho. É sócia fundadora, tendo ocupado o posto de 2º Secretário da diretoria constituída em 18 de outubro de 1997. Registre-se que a homenageada não esteve presente a essa Sessão por motivo de saúde e, evidentemente, sua avançada idade.

Aspecto geral do público presente à Sessão Solene de Homenagem à acadêmica Carmen Brochado Costa.

A sessão foi dirigida pelo acadêmico Florival Ferreira, experiente e espirituoso cerimonialista, que fez a abertura dos trabalhos, saudou os presentes e logo deu passagem às homenagens programadas.

A acadêmica Help (Maria do Socorro) surgiu na porta dos fundos do salão declamando o mais conhecido poema de Carmen Brochado – Morro do Ouro -, e essa performance artística e literária foi acompanhada pelas confreiras acadêmicas Maria Teresa CambrônioHelen Pimentel e Terezinha Guimarães, e ainda pela artista e professora Ruth Brochado.

Grupo de apresentação do poema de Carmen Brochado, “Morro do Ouro”. Da esquerda para a direita, Helen, Terezinha, Maria Teresa, Help e Ruth.

Em seguida, o Coral Stela Maris brindou os presentes com duas lindas canções.

Apresentação do Coral Stela Maris.

Após o abre-alas poético e artístico, passou-se à solenidade formal, compondo a mesa: a presidente da ALNM, Helen Ulhoa Pimentel; a presidente da Fundação Municipal Casa de Cultura, Graciele Mendes, também representando o Prefeito Municipal de Paracatu, Olavo Condé; o sobrinho da homenageada, vereador Pedro Adjuto, também representando a Câmara Municipal, e o fiho da homenageada e representante da família, Tadeu Brochado Costa.

Como acontece em todas as sessões públicas da Academia, foi tocado o Hino a Paracatu (letra de Agenor Gonzaga e música de Zico Campos)  acompanho pelos presentes.

O público presente acompanha a execução do Hino a Paracatu.

O primeiro pronunciamento coube à presidente da ALNM, Helen Pimentel, que traçou a sua visão de historiadora para analisar a trajetória humana de Carmen Brochado, as influências que sofreu do momento histórico em que se deu a sua formação – o movimento modernista e as lutas feministas do início do Século XX. Para Helen, “Ter sido tocada pelo movimento feminista se manifesta pelo empenho em estudar, trabalhar, construir sua independência, viver de acordo com suas próprias concepções, se vestir com liberdade. Seu feminismo se manifestava pelas suas posturas, sua conduta, seu modo de ser e suas relações com os outros. “

Helen Pimentel, presidente da ALNM, faz o pronunciamento de abertura e homenageia Carmen Brochado, em nome da Academia. À mesa, estão presentes Tadeu Brochado Costa e o vereador Pedro Adjuto.

Sintetizando o pensamento de todos os confrades da ALNM, Helen afirmou que a Academia “se orgulha imensamente de ter em seus quadros uma mulher como D. Carmen, inovadora, desbravadora, corajosa e generosa, que fez da educação sua razão de existir.”

Para ler o pronunciamento completo de Helen Pimentel, clique AQUI.

Biografia de Carmen Brochado Costa

A acadêmica Benedita dos Reis Soares Costa, que foi aluna de Carmen Costa na Escola Normal de Paracatu, fez, com palavras de amizade e admiração, a biografia da homenageada: “Quando a conheci, ela já era moça estudada. Bonita. Linda…!!! Arteira… Inventadeira de moda. Eu era criança, na fazenda Sta. Helena, onde meu pai trabalhava para o pai dela, Dr. Joaquim Brochado.“

Mas o papel social de Carmen Brochado Costa, para a acadêmica Benedita, e que deu relevo à sua pessoa, como a sua participação na criação e direção do Colégio Dom Elizeu e da APAE, aqui junto à sua irmã Marta Brochado. Como poeta, sua palavra nos mostra as sensações, as emoções que povoam o seu coração, e inquietam o seu espirito e nos presenteia com belíssimos poemas.

A acadêmica Benedita Costa fez uma comovente apresentação da trajetória de vida de Carmen Brochado.

Para ler o pronunciamento de Benedita Soares, clique AQUI.

Reconhecimento das autoridades públicas

Depois de traçada a biografia da homenageada, foi a vez dos pronunciamentos das autoridades – Graciele Mendes, presidente da Casa de Cultura representante do poder executivo local, e vereador Pedro Adjuto, sobrinho da homenageada e representante da Câmara Municipal -, .que prestaram reconhecimento público à Carmen Brochado pelos relevantes serviços à sociedade e sua contribuição à cultura e arte do Noroeste de Minas.

Pronunciamento da família da homenageada

Seguiram-se os pronunciamentos dos familiares, usando a palavra o filho primogênito de Carmen, Tadeu Brochado Costa, que discorreu sobre a influência de sua mãe no seu gosto da literatura e da poesia; a neta Manuela Costa da Silva e o sobrinho Marcos Brochado.

Tadeu Costa, filho primogênito de Carmen, apresenta reminiscências de sua mãe, que lhe trouxe o gosto pela arte e literatura.
Álbum de família: Dona Carmen ao lado do saudoso marido, Petrônio Costa, tendo às suas costas a filha Cristina e a neta Manuela. 

Homenagem à professora Carmen

Após a participação dos familiares, dois alunos do Colégio Dom Elizeu fizeram um tributo musical à Dona Carmen, como agradecimento pela sua contribuição à criação daquela instituição. Coube à Irmã Simoni Angelino manifestar as palavras de gratidão à co-criadora, gestora e professora Carmen Brochado.

Irmã Simoni ao lados dos alunos do Colégio Dom Elizeu e da presidente da Casa de Cultura, Graciele Mendes.

Homenagem da APAE

O reconhecimento pela benemerência de Carmen Brochado na criação e desenvolvimento da APAE de Paracatu foi realizado por uma de suas parceiras dos primeiros tempos, e atualmente sua presidente – Edina Suely das Dores. Suely, como todos a tratam, falou do papel da homenageada na sua vinda para Paracatu, e do seu esforço, ao lado de sua irmã Marta, em capacitar aquela entidade dos recursos e métodos modernos, que hoje a fazem reconhecida pela capacidade de realizar serviços de excelência no cuidado de pessoas portadoras de necessidades especiais.

A presidente da APAE, Edina Suely, fala do papel de Carmen Brochado na criação daquela instituição.

Homenagem à poeta Carmen

Para homenagear a poeta Carmen Brochado Costa, sucederam-se as declamações de alguns de seus poemas. O primeiro poema – “Descanso” – foi interpretado pela acadêmica Help; em seguida, Ana Clara declamou “Somente perdido”, e por fim Isabela declamou “Volta”. Três lindos poemas da homenageada, com interpretações belíssimas, que encantaram o público.

Encenação do poema “Descanso”, feita por Help.
Isabela, neta de Carmen Brochado, declama o poema “Volta”.

O cerimonialista Florival convidou o acadêmico Dom Leonardo para entregar uma placa de homenagem à confreira acadêmica, que foi recebida por sua filha Cristina.

O acadêmico Dom Leonardo na entrega da placa de homenagem à Carmen Brochado, ao lado da sua filha Cristina e de Florival Ferreira.

Por limitação de espaço no salão da Casa de Cultura, a mesa de trabalhos foi desfeita e os presentes foram convidados a se dirigirem à varanda, para assistirem uma performance artística de casa Jair e Sílvia, exímios dançarinos de tango, uma modalidade de dança que encanta a homenageada. 

Exibição de tango pelo casal Jair e Sílvia.

Após a exibição do casal, foi servido um coquetel aos presentes.

P.S.: Aproveitamos para apresentar uma foto de 1941, em que aparecem as duas irmãs, Carmen (fila superior, penúltima à direita) e Martha (sentada, primeira à esquerda).


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